segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Novos indicadores sociais dos manejadores de cacau nativo do Purus

Nos últimos 3 anos uma equipe de pesquisadores oriundos da Universidade Federal do Acre, da Unesp e da Universidade de Freiburg, da Alemanha, se envolveram no estudo das características sociais e econômicas presentes na população de ribeirinhos do Rio Purus que se dedicam ao extrativismo do cacau nativo.
Com apoio do CNPq, que em 2007 aprovou projeto com orçamento equivalente a R$ 200.000,00, foi possível realizar um amplo processo de levantamento estruturado em 6 estudos principais: mapeamento da dispersão do cacau nativo com imagem de satélite, inventário florestal da área de ocorrência, logística de produção da semente de cacau, socio-economia da população extrativista envolvida na produção, genética dos cacaueiros e, por último, teste dos protocolos de manejo.

Considerado um dos estudos de maior importância para entender a realidade vivenciada no Purus, o estudo de socioeconomia procurou dividir a população de acordo com as especificidades de cada trecho do Purus.

Os novos indicadores, objeto de monografia de conclusão de curso defendida pelo, agora, Engenheiro Florestal ZULMIRO FELIX DE AMORIM NETO (foto ao lado: a partir da esquerda: Israell Melo, Aldenor Fernandes, Zulmiro Felix e Ecio Rodrigues) mostram claramente que tal qual a imensa diversidade biológica a realidade social e econômica também é diversa.

Como indica o título do estudo: SOCIOECONOMIA DOS MANEJADORES DE CACAU NATIVO DO PURUS: DO SANTO ELIAS AO CANACURÍ, AMAZONAS, o cotidiano nesse trecho do Purus apresentou surpresas que contrariam o senso comum: os indicadores sociais e econômicos melhoram à medida que se afasta da influencia dos maiores centros urbanos, como o do município de Boca do Acre, por exemplo.

Todos esses estudos são subsidiários ao Plano de Manejo Florestal Comunitário, documento que tem duas finalidades importantes: servir de referencia para Cooperar gerenciar toda produção e chegar às 40 toneladas de cacau nativo demandadas; e, possibilitar o licenciamento ambiental de toda cadeia produtiva do cacau nativo do Purus.

O Plano foi concluído e entregue à Cooperar em outubro último e inicia-se agora uma nova e decisiva etapa para produção familiar do cacau nativo do Purus, a de implementação do Plano.

Fonte: http://www.andiroba.org.br

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