O projeto “Manejo Florestal
Comunitário do Cacau Nativo do Purus: Extensão Tecnológica para
Adoção”, desenvolvido nos últimos seis anos por professores e estudantes
do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Acre
(Ufac), numa área que vai de Sena Madureira-AC a Lábrea-AM, acaba de
tornar-se um dos 30 finalistas do Prêmio Fundação Banco do Brasil de
Tecnologia Social, 7ª edição.
Entre os estudos realizados, desde
2007, pela equipe da Ufac sobre a incidência do cacau na área referida,
destacam-se o mapeamento da dispersão do fruto com imagem de satélite, o
inventário florestal da área de ocorrência, a logística da produção da
semente, os dados referentes à sócio economia da população extrativista
envolvida na produção, a genética dos cacaueiros e o teste dos
protocolos de manejo.
“Todos esses estudos são subsidiários
ao Plano de Manejo Florestal Comunitário, documento que tem duas
finalidades importantes: servir de referência para a cooperativa dos
cacauicultores gerenciar toda produção e chegar às 40 toneladas de cacau
nativo demandadas; e possibilitar o licenciamento ambiental de toda
cadeia produtiva do cacau nativo do Purus”, explicou o professor Ecio
Rodrigues, coordenador do projeto.
“Outra coisa interessante a ser dita,
com respeito a esse projeto”, ainda no dizer de Rodrigues, “é que a Ufac
não está sozinha nesse empreendimento, contando com um leque variado de
parcerias institucionais, entre as quais se incluem a Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), a Universidade de
Freiburg, da Alemanha, e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira (Ceplac)”.
Recorde de inscrições
O Prêmio Fundação Banco do Brasil de
Tecnologia Social recebeu, nesta 7ª edição, 1.011 inscrições de
iniciativas sociais vindas de todas as regiões do país. O número é 93,3%
maior do que o registrado na primeira edição, realizada em 2001.
Naquele ano, foram inscritos 523 projetos.
Em 12 anos, por meio do prêmio, a
fundação identificou, premiou e certificou como “Tecnologia Social”
diversas iniciativas que hoje compõem o Banco de Tecnologias Sociais
(BTS), uma base de dados on-line disponível para acesso. O tema educação
recebeu o maior número de inscrições (457) em 2013, seguido de renda
(219), meio ambiente (137), saúde (75), alimentação (64), recursos
hídricos (35), habitação (14), e energia (10). A região Sudeste
apresentou o maior número de iniciativas sociais inscritas (409).
Para ser certificado como “Tecnologia
Social”, o projeto inscrito deve corresponder aos critérios de
reaplicabilidade, efetividade da transformação social, interação com a
comunidade, ter sido implementado há pelo menos um ano e contemplar, no
mínimo, uma das seguintes dimensões: protagonismo social; respeito
cultural; cuidado ambiental; e solidariedade econômica. O certificado é
concedido pela Fundação Banco do Brasil, em conjunto com a Petrobras e a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).
Postado em: 20/8/2013
Fonte: http://www.ufac.br/portal/engenharia-florestal-da-ufac-e-finalista-de-premio-do-banco-do-brasil
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