A comunidade Maracaju, na Reserva Extrativista (Resex) Arapixi, no
interior de Boca do Acre, recebeu a visita de representantes de diversas
instituições federais, estaduais, municipais e de produtores, que
participaram da expedição Cacau Nativo do Purus. O grupo conheceu também
outras três comunidades ribeirinhas da região – Prainha, Santo Elias e
Fazenda São Sebastião, esta última localizada no entorno da Floresta
Nacional (Flona) do Purus.
Com a expedição, as instituições
pretendem integrar esforços para fortalecer a cadeia produtiva do cacau
nativo na região. A produção será realizada por meio do manejo,
organização comunitária e beneficiamento do produto nas próprias
comunidades. Os organizadores acreditam que a medida resultará na
geração de trabalho e renda e em aumento de produtividade, de eficiência
e de qualidade do produto.
A várzea do rio Purus é pioneira no
extrativismo do cacau nativo. Desde 2006, a Cooperativa Agroextrativista
do Mapiá e Médio Purus (Cooperar) contribui com a exportação do produto
para a empresa de chocolates especiais Hachez (Alemanha).
A
cooperativa compra os frutos de cacau nas comunidades ribeirinhas e os
transporta (inteiros ou apenas as sementes com polpa) para serem
beneficiados em quatro unidades produtivas centrais. Para garantir a
qualidade do produto, as unidades localizam-se em área estratégicas.
No
último ano, a cooperativa produziu cerca de 42 toneladas de cacau seco.
No processo, foram envolvidos 553 extrativistas de 132 comunidades
ribeirinhas dos municípios de Boca do Acre, Pauini e Lábrea (AM).
A
Resex Arapixi é uma das principais áreas produtivas envolvidas no
projeto. Em 2011, 72 extrativistas de 11 comunidades coletaram cerca de
440 mil frutos, equivalentes a aproximadamente 11 toneladas de cacau
seco.
Alagação de 2012 compromete a produção
Os
moradores da comunidade Santo Elias, margem esquerda do rio Purus, já
no município de Pauini, disseram que alagação de deste ano prejudicou
muito a produção. Segundo eles, a água invadiu os terrenos onde estão os
pés de cacau, além de inundar e danificar as estruturas das estufas,
que servem para a secagem do caroço.
Fonte: Portal do Purus
http://www.portaldopurus.com.br/index.php/melhores-noticias/6003-cacau-gera-renda-em-comunidades-de-boca-do-acre-e-pauini-materia-prima-serve-a-fabricacao-de-chocolate-na-alemanha
O manejo do Cacau Nativo pelos extrativistas que habitam as margens do rio Purus, em Boca do Acre AM, adquire grande importância, na medida em que contribui para a geração de trabalho e renda na região e, por conseguinte, para a melhoria das condições sociais desses pequenos produtores. O manejo do cacau promove o uso sustentável da diversidade biológica existente no ecossistema florestal da Amazônia, uso este, por sua vez, que se apresenta como uma saída para a manutenção da floresta.
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